A edição 7 da Tecnotêxtil já tem lugar e data: na cidade ´têxtil´ de Americana, interior do Estado paulista, ente os dias 7, 8, 9 e 10 de março. Tida como polo de encontro para negócios e boa oportunidade para novos conhecimentos técnicos, este evento chega agora ao Interior paulista com um objetivo: dinamizar ainda mais o polo têxtil paulista.
E um evento deste porte exige o esforço de toda a cadeia produtiva têxtil, da matéria-prima passando pelo objeto e a estampa finais, porque “a indústria têxtil é, ela mesma, a passarela que se ilumina”, como gostava de dizer o estilista Norberto Arena que, não por acaso, tinha ´ninho´ em Americana.
FIDAM Americana
Avª Nª Sª de Fátima, 200 _ Vila Israel | 13478-540 Americana-SP
Acerca do Polo Têxtil De Americana
Com as municipalidades de Hortolândia, Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste, Sumaré e Americana, o polo industrial da região agrega mais de 600 empresas, sendo 27% de unidades confeccionistas e 40% de produção de tecido plano; estes números traduzem a força do maior polo têxtil do Brasil.
E se Americana é famosa hoje, no Séc. 21, pela produção em excelência industrial na produção de fibras artificiais e sintéticas, não se pode esquecer que a região que já no Séc. 20 o ´mix´ artesanato-indústria da facção têxtil ditava moda operacional para toda a nação. E, bem antes, no Séc. 18, durante a governança paulista do Morgado de Mateus, quando toda essa região era um feudo rural-teológico dos jesuítas, a política pombalina ´do capitalismo pelo resultado´, foi envolvida na redistribuição de terras para formar a indústria agropecuária e canavieira que fez a velha Sam Paolo dos Campi de Piratininga se torna a força do Brasil. Quando os estadunidenses fugiram da guerra civil na América do Norte, no início do Séc. 20, encontraram em Santa Bárbara d´Oeste e região o melhor ´sítio´ para reiniciarem as suas atividades agro-industriais, porque aquela política pombalina introduzida pelo Morgado de Mateus já havia dado resultados socioeconômicos e levantado novas cidades no Interior paulista. E foi assim que, no entorno de Santa Bárbara d´Oeste, um sítio dito ´Fazenda do Salto Grande´ onde emigrantes estadunidenses haviam se ´arranchado´, a partir de um único ´fogo´ [q.s., rancho familiar´] virou vila e município pelo esforço artesanal e industrial – e, no caso têxtil, pelas ´facções´ que até hoje se espalham pelo Brasil: o que era rancho e fazenda tornou-se Municipalidade de Americana.
“Ai, ninguém quer saber da história têxtil do (nosso) Brasil, ó João, e olha que se um dia alguém der uma olhada no polo têxtil d´Americana, eu garanto…, vamos ter nesta cidade uma feira de tecnologias e negócios de alto nível, porque aqui nasceu a manufatura algodoeira que fez nascer as facções e as fábricas”, anotei eu nas conversas com o notável Norberto Arena após um ´lero com confeccionistas de Caruaru´, pouco antes de ele resolver deixar-nos neste sítio cósmico que nos é berço e tumba tansferindo-se para um ´além mais leve e solto´…
E eis que o Grupo FCEM, que organiza as principais feiras têxteis do Brasil, deu uma espiada em Americana, e pronto, Americana vai sediar a edição 7 da Tecnotêxtil Brasil. Uma justa, muito justa, justíssima celebração a Americana.
João Barcellos | Autor dos livros “Morgado Mateus” (2 edições), “O Brasil dos Tropeiros e Estradas Reais”, “Estampara” (3 edições), “Alquimia, Moda & Comunicação Visual” (2 edições), ente outros; e das palestras “A Importância da Real Fábrica de Ferro d´Ypanema para a manufatura algodoeira ao tempo do Morgado” e “Enfim, a América se une por um Algodão Justo e nasce Americana – a Cidade”. Editor das revistas “Impressão & Cores”, “jCorpus” e do site Noética”.